Como fatores emocionais e comportamentais podem estar influenciando no ganho de peso?

 

A obesidade é qualificada como uma epidemia mundial e nela estão contidas fatores pessoais funcionais e disfuncionais. Podemos dizer, que é um processo multifatorial com diversas variáveis psicossociais.

 

O que é obesidade?

 

           De acordo com a (OMS), a obesidade é caracterizada como um processo de acúmulo excessivo ou anormal de gordura corporal, com implicações adversas e potencialmente significativas à manutenção da saúde. É importante avaliar o IMC (Índice de Massa Corpórea,) que tem uma escala para detecção gradativa da obesidade. Quando o IMC estiver acima de 25 kg/m² aponta-se sobrepeso e acima de 30 kg/m² identifica-se obesidade. Quanto à gravidade, pode-se classificar a obesidade em Grau I (IMC entre 30 e 34,9), Grau II (IMC entre 35 e 39,9 kg/m²) e Grau III ou Obesidade Mórbida, quando o IMC está acima de 40 kg/m². Existem fatores correlacionados que podem levar  a obesidade, são eles: Fatores psicológicos, genéticos, físicos e fatores sociais.

            Sabemos que o alimento é um dos principais transmissores de afeto e faz parte da nossa cultura proporcionarmos ocasiões regadas a comida. Festas, churrascos, aniversários, comemorações e outros eventos, ou seja, a comida é uma forma de sociabilizar o ser humano. Porém, torna-se um problema quando a comida começa a substituir os afetos, a forma de enfrentamento de problemas e o modo de resolver os confrontos. Principalmente, quando a ansiedade é canalizada para a comida, causando sofrimento e perdas.

 

Os fatores psicológicos podem estar contribuindo para obesidade?

 

         Falando em aspectos emocionais, a obesidade é uma combinação de sentimentos, emoções com influencia na imagem corporal. É bem comum em vários casos acontecer uma forma imprópria de usar a alimentação na tentativa de ocultar problemas não superados, seja no passado ou no presente. Caso não haja uma atenção especial ou negligência a este problema, as consequências podem tomar proporções incríveis, influenciando e arrastando o obeso gradativamente a um processo de conflitos internos ou abandono.

         Claro, que os problemas podem ser multifatoriais, tais como: Fatores físicos, genéticos, psicológicos e ambientais, além dos problemas estéticos. Porém, aqui estamos trazendo um pouco dos possíveis problemas psicológicos que podem estar contribuindo de forma negativa para o ganho de peso e obesidade.

 

A Obesidade diante da sociedade

          Na obesidade um dos fatores mais relevantes sem duvida é o preconceito, que muitas vezes vem de forma camuflada com expressões tipo: “Ela é bonitinha, mas é gordinha!” ou “Ela tem rostinho bonito, mais é muito gordinha!”. ou “Ele é legal, mas é tão gordinho!” ou “Ele é gordinho, será que aguenta fazer tal serviço?”, entre outros. São comentários desta natureza que trazem muita dor e sofrimento começando a machucar emocionalmente o indivíduo.

            Diante destes tipos de afirmações que podem favorecer o desenvolvimento de transtornos psicológicos, é bem comum pacientes obesos reportarem descontrole emocional sobre a comida, dando a estas pessoas um comportamento de fuga direcionando a alimentação. É bem comum pessoas que sofrem com problemas de peso corporal interpretar inadequadamente suas necessidades e ter dificuldades para expressar seus sentimentos.

 

Sim é possível vencer a obesidade.

Estratégias de enfrentamento

Como a psicoterapia pode ajuda?

No tratamento da obesidade é importante darmos atenção aos componentes psicológicos. Isso tem uma relevância enorme, ou seja, a psicoterapia será uma grande aliada nas estratégias de enfrentamento a obesidade.Apesar de ser possível perder peso e ter uma vida saudável, não é tão simples assim. Porém, neste processo o paciente é totalmente responsável por suas decisões, seu posicionamento com atitude para buscar um corpo saudável e qualidade de vida é a questão prioritária. É justamente aí que entra a equipe multidisciplinar, que varia dependendo do caso. Alguns profissionais que podem compor esta equipe são: Endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Tudo vai depender da demanda e do grau da obesidade que este indivíduo encontra-se. Falando em algumas estratégias temos que iniciar várias mudanças de comportamento, por exemplo:

  • Não comer muito rápido;
  • Não fazer as refeições em frente à TV, ou mexendo no smartphone;
  • Comer a cada 3 horas uma fruta ou cereal;
  • Analisar como está seu sono;
  • Começar a diminuir as porções das principais refeições;
  • Observar sua atitude de ir à geladeira ou armário beliscar algum petisco;
  • Começar a desenvolver um programa de exercícios;
  • “Dietas”, porém com acompanhamento de um profissional;
  • Começar a monitorar qual o tipo de alimento que você consome, afinal de contas você deve saber muito bem que aquele sorvete, refrigerante, pizza, batatinha, hambúrguer, chocolates… não são nada saudáveis. Apesar de gostosos sua saúde está em primeiro lugar. E sua meta é perder peso;
  • Nos casos mais severos obesidade III, possivelmente será necessário tratamento cirúrgico,a famosa bariátrica.

            O psicólogo é o profissional especialista em emoções comportamentais que irá proporcionar o entendimento sobre as distorções cognitivas e ajudará no gerenciamento das emoções, principalmente no que diz respeito à ansiedade. Dessa forma, ele irá buscar ferramentas e clareza nas informações sobre hábitos saudáveis. Então, o paciente irá entender que está doente e que precisará um trabalho sistemático para perceber que existe uma coisa que fará toda diferença: a palavra “ATITUDE” . Esta será a chave para mudança e com isto um novo reencontro com a sua autoestima e bem estar.  Espero que tenham gostado do tema.

Agende sua consulta estamos à disposição para ajudar.

 

Márcio Santos – Psicólogo Clínico
Agende sua consulta (81) 99507-2250

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