Mas então o que é a depressão pós-parto?
Vamos entender um pouco sobre este assunto. O prefixo pós- significa “depois” e parto significa fenômenos mecânicos e fisiológicos que levam à expulsão do feto “gravidez”, de modo que o termo pós-parto se refere à época que ocorre após o nascimento do bebê. Geralmente, ele é considerado as semanas iniciais que vai de três a seis semanas após o parto.
Depressão Consiste em um estado físico e mental que a pessoa vivencia e se sente uma tristeza e uma falta de esperança seguido de uma apatia que não consegue realizar as atividades normais dentre outros sintomas.
Como o próprio nome diz é uma depressão que surge em algumas mulheres após dias, semanas até meses seguido do nascimento do bebê.
- Na maioria dos casos estas mulheres sente uma tristeza com sentimento de infelicidade. Lembrem que estamos falando de uma possível patologia ou distúrbios para o momento pós-nascimento. Esta tristeza e melancolia que dura alguns dias e depois vai embora é muito comum e considerado normal. Chama-se “Melancolia pós-parto”.
- A depressão pós-parto é uma alteração de humor, porém bem mais agravada que permanece por semanas ou meses, causando uma dificuldade na tomada diária de seus afazeres e até certa rejeição ao bebê.
Obs. Existe uma estatística que uma em cada dez mulheres podem a desenvolver a depressão pós-parto.
Quais são as causas da depressão pós-parto?
Falando não existe uma causa específica, pois o ser humano é complexo e os gatilhos podem ser multifatoriais, vamos citar alguns motivadores abaixo.
- Os níveis hormonais desta mãe depois que o bebê nasce é um fator importantíssimo a ser observado.
- Esta mamãe tem histórico ou uma relação com a depressão mesmo antes do nascimento do bebê?
- Gestação conflituosa
- Bebê foi desejado por esta mãe teve um planejamento para a vinda desse bebê
- Está fazendo uso de algum medicamento psiquiátrico.
- Falta de suporte familiar ou por parte do companheiro
Notem que listamos apenas algumas causas a lista de possibilidades de fatores desencadeadores é infinitamente maior.
Quais são os sinais da depressão pós-parto?
Segue alguns sinais ou sintomas que dá um indicativo emocional
- Infelicidade e melancolia
- Desolação
- Choro
- Humor com grandes variações para raiva e tristeza
- Desinteresse pelo bebê
- Palavras e gestos com agressividade.
Alguns indicativos físicos:
- Apatia e cansaço intenso.
- Alteração no sono ou excesso ou sono repartido até total ausência.
- Sentir que não tem energia física se que para dar comida ao bebê.
Estes são alguns indicativos sintomáticos a lista também é muito maior.
E qual o momento de procurar ajuda profissional?
- Quando esta mãe vivenciar uma tristeza e tiver dificuldade para realizar as atividades do dia a dia por mais de três semanas após o nascimento desta criança.
- Comportamento de autoagressão e tentativa de agressão ao bebê.
- Quando sua rede de apoio (Parentes, conjugue, amigos) perceberem que ela já não está dando conta de contornar a situação e necessita de uma atenção profissional.
Formas de enfrentamento da depressão pós-parto?
Como já falamos por se tratar na maioria das vezes de vários fatores o ideal é que esta mãe possa ser acompanhada por uma equipe multiprofissional dentre eles estão (Psicólogo que irá avaliar) todos os aspectos emocionais e psicológicos e dependendo da gravidade encaminhar para fazer um tratamento medicamentoso com utilização de antidepressivos que será ministrado por um psiquiatra, também um acompanhamento clínico observando questões hormonais.
- Psicoterapia dará um suporte incrivelmente benéfico.
- Acompanhamento clínico.
Obs. Temos também neste mesmo tema a psicose pós-parto. Vamos explorar em outro artigo.
O importante é não misturar puerpério que o corre pelo menos nos três primeiros meses do parto que é uma fase “normal”. Já a patologia que é Depressão pós-parto é bem diferente. Aqui falamos de forma bastante resumida sobre um adoecimento que requer bastante atenção. Por se tratar de um momento de grande fragilidade desta mãe e um possível risco a integridade deste bebê. Vale salientar que esta pessoa necessitará de muita compreensão e ajuda e não é o momento de apontar falhas e defeitos. “A palavra de ordem é apoio incondicional”.
Por. Marcio Santos – Psicólogo Clínico CRP
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