“Autismo do diagnostico a intervenção precoce”

“Autismo do diagnostico a intervenção precoce”

Transtorno do espectro autista (TEA) e agora?

 

          Falar sobre o TEA (Transtorno do espectro autista) requer entender um pouco o que é esta patologia, neste artigo vamos trazer informações extremamente diretas e úteis para você. Desta vez não vou adentrar no contexto histórico e falar sobre as mudanças na nomenclatura ao longo do tempo. Vamos de forma direta nas questões que envolve aspectos emocionais e toda dinâmica familiar de enfrentamento e como a psicologia pode ser um apoio totalmente fundamental e importantíssimo neste processo. Falar sobre autismo requer vários artigos diante da dinâmica e complexidade e vastidão do assunto, portanto certamente termos um segundo ou terceiro artigo para tirar mais dúvidas em outro momento.

O que é o autismo?

          A palavra autismo tem origem grega “autós” que significa “si mesmo” estima-se que no Brasil, com seus 250 milhões de habitantes, possua cerca de mais de 2 milhões de autistas. Porém não temos como afirmar com precisão estes dado devido à falta de um estudo sistemático ou seja. Não existe prevalência no Brasil com relação ao autismo o que temos foi um trabalho/ estudo piloto em 2011 que precisa ser aprofundado sistematicamente. Alguns estudos apontam que o TEA tem maior prevalência em indivíduos do sexo masculino do que no feminino com uma proporção de 4 para 1, no entanto quando o sexo feminino apresenta os sintomas costumam ser mais severos. O TEA pode ser definido como um transtorno do neurodesenvolvimento marcado por 3 características: a) déficit na comunicação e interação social; b) comportamentos, atividade ou interesses restritos e repetitivos; e c) sintomas que causam prejuízo significativo no funcionamento social.

As evidências científicas disponíveis indicam a existência de múltiplos fatores, incluindo fatores genéticos e ambientais, que tornam mais provável que uma criança possa sofrer um TEA.

Sobre a Família e Autismo 

          É inegável que o surgimento dos primeiros sintomas promova perturbação na família, de forma que o impacto é tão grande que a família sai da sua normalidade gerando um desequilíbrio emocional, fugindo desse diagnóstico e afetando a possibilidade de intervenção e tratamento que ajudaria no processo do desenvolvimento infantil. Uma família com um de seus membros acometidos pelo TEA atravessa desafios significativos, tais como: a busca pelo diagnóstico, o confronto com o diagnóstico, aprender sobre o autismo, a procura por serviços, alterações nos papéis familiares, aprender os desafios específicos de cada criança, a resposta da comunidade e a estigmatização, ônus financeiro e demandas por defensoria.

        Os desafios que as famílias enfrentam são diversos e modificam à medida que a criança amadurece. Ás vezes com a confirmação do autismo irá gerar conflitos entre o casal e família e outras vezes será motivo de união porque agora existe um fator motivacional principal o bem-estar e a atenção será votada para esta criança que agora ela é o foco principal. Esta família passará a conhecer de perto o mundo social de outras famílias que já lidam com o transtorno e verá que é possível enfrentar os desafios de forma otimista e com motivação.

Como ter certeza que meu filho tem autismo?

          Conforme estudos mais atuais, existe a possibilidade perceber alguns indícios desde 12 meses de idade, no entanto, é a partir dos 24 meses que o surgimento ou ausência da linguagem a falta de interesse pelo contato são mais significativos na formulação de uma hipótese diagnóstica na direção do TEA. O diagnóstico do autismo é realizado através de instrumentos validados a partir de três anos de idade, no entanto “é possível diagnosticar crianças com idades entre 12 e 24 meses ou até mesmo mais novas.

         Com relação ao diagnostico e a importancia de levar para um profissonal de psicologia existe vários por várias razões a questão do diagnóstico é bem complexa e nada pode passar despercebido. A contribuição do psicólogo no diagnóstico implica no que tange reconhecer e distinguir os comportamentos que contrapõe a uma possível situação de “anormalidade”, e sua colaboração no processo de diagnóstico e intervenção vai muito além de uma elaboração ou fechamento de diagnóstico o alcance do psicólogo está pautado em fazer uma aproximação entre a família e todo processo de cuidado com a criança, também mostrando alguns protocolos de tratamento.

 

Tenho o diagnostico fechado e agora?

         Ok. Agora é o momento que a família juntamente com o profissional irá avaliar as possibilidades de tratamento e observar qual é a demanda, o grau do autismo e suas necessidades a ser trabalhadas, entendendo sempre que a intervenção precoce fará toda diferença para promover melhor qualidade de vida e desenvolvimento das competências e habilidades deficitárias, nas últimas décadas esse campo tem ampliado, tornando-se um serviço prioritário O psicólogo estruturar e traçar estratégias para aprimorar as diversas áreas afetadas como as áreas afetivo, perceptivo, motor e cognitivo portanto não hesite em procurar um profissional que tenha familiaridade com esta demanda.

Quais os tratamentos?

      Atualmente há diversos tratamentos disponíveis que a literatura científica aponta ser eficaz no tratamento e intervenção. Há, pelo menos, duas perspectivas de intervenção precoce: a comportamental e a desenvolvimentista. A primeira é mais estruturada e direcionada pelo adulto (instrutor), o objetivo é a aprendizagem por meio do reforço positivo, enquanto que a desenvolvimentista é mais interativa e espontânea, conduzida de maneira mais naturalista, onde o foco é promover o desenvolvimento através da interação, resultado da conexão afetiva e relação. Vários profissionais atuam diante da demanda de um indivíduo com TEA, ou seja, será assistida por uma equipe multidisciplinar muitas vezes composta por estes profissionais: (psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, psiquiatra, educador físico e neuropediatra) podendo ser modificada conforme a necessidade.

Segue alguns tratamentos e metodologias que podemos citar, estas são algumas dentre várias aqui vamos a falar superficialmente sobre cada um destes:

  • (ABA) Análise do Comportamento Aplicada treinamento. Este é um dos métodos mais utilizado na atualidade ele trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem, dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens. Dentre outras vantagens deste tratamento.
  • (PECS) Picture Exchange Communication System. É um dos programas mais conhecidos de sistemas visuais, está baseado em ensinar o indivíduo com déficit no repertório verbal de comunicação, sendo um sistema de comunicação alternativa muito utilizado com crianças com autismo e com retardo no desenvolvimento da fala
  • (ESDM) Mais conhecido como “MÉTODO DENVER”. Ênfase nos domínios de comunicação, coordenação motora fina e grossa, comportamento adaptativo, competência de jogos e sensoriais e treino parental.
  • DIR/FLOORTIME. É um modelo baseado no desenvolvimento da criança, diferenças individuais e relacionamento. O desenvolvimento infantil é instituído em níveis de desenvolvimento funcional e emocional, no qual a criança autista percorre. São eles: Auto-regulação, Engajamento e relacionamento; Comunicação intencional existe um total de nove pilares desta metodologia
  • (SRP) PROGRAMA SON RISE. É um dos programas de caráter desenvolvimentista que “tem por objetivo favorecer o desenvolvimento da linguagem e habilidades de comunicação funcional em ambientes naturais foca em quatro dimensões contato visual, comunicação, flexibilidade e atenção compartilhada, é uma abordagem interrelacional que utiliza a ludicidade e a diversão.

           Obs. Esses são apenas alguns, de uma variedade muito grande mesmo porque ainda hoje não existe um tratamento que sirva de forma universal para todas as pessoas. Com o autismo é sempre uma questão de adaptação, alguns terão respostas maravilhosas com um determinado tratamento outros terão que alternar até encontrar uma técnica que ajude no desenvolvimento. Em alguns casos também será necessário um tratamento paralelo medicamentoso. Gente por favor entendam falei apenas alguns tenho que enfatizar e poderia aqui citar muitos e muitos, porém aqui estamos falando em intervenção precoce e seus benefícios, com o passar do tempo outras técnicas podem ser adicionadas como: Equoterapia que é muito bacana. E outras no próximo artigo no falaremos de forma mais sistemático e abrangente sobre metodologias precoce e intermediaria.

                                     Sobre a superação do autismo.

Vale salientar que é importante considerarmos que cada sujeito é tão singular e suas experiências são vivenciadas de maneira tão única, que não podemos carrega-los de nossas expectativas. Em suma é a través de muita dedicação que será possível dar a esta criança várias oportunidades de uma possível dependência.  Um dos objetivos do psicólogo é traçar metas, trazendo a melhor prática adaptativa para o indivíduo, sempre fundamentado no desenvolvimento e qualidade de vida da criança.

Além disso, sua prática está pautada na promoção individual e coletiva de bem-estar, entendemos que o ser humano é visto por completo como um ser biopsicossocial e que está intimamente interligo com várias áreas seja a nível cognitivo ou sociocultural. Sem sombra de dúvidas a intervenção precoce é o melhor caminho. Hoje houve muito evolução com relação ao autismo e a forma de lhe dar com este transtorno, temos sempre que ter a consciência que uma criança com autismo não é um ser que precisa ser consertado, muito pelo contrário temos que olhar para essa pessoa como um ser maravilhoso e único que tem suas potencialidades e terá um caminho a ser percorrido em busca de sua autonomia e qualidade de vida.

É possível sim ter desenvolvimento de uma criança com autismo e você vai vibrar com cada evolução, trazendo cada vez mais fatores motivacionais mesmo que sejam pequenas conquistas ou grandes, comemore bastante as vitórias ao longo do processo. Então se você conhece alguém ou está passando por toda essa dinâmica correlacionado ao (TEA) transtorno do espectro autista procure um profissional da psicologia de sua confiança e comece de imediato. Quanto mais cedo começar o tratamento maiores serão os ganhos. Espero que este texto tenha a nortear este momento que não é fácil para nenhuma família. Mais pode ter certeza com tratamento precoce essa criança surpreenderá com sua evolução. Estamos à disposição no que for preciso sempre.

Gostaria de enaltecer na elaboração e produção deste artigo a parceria com as psicólogas: Juliane Ferreira e Priscila Batista, grandes profissionais a quem tenho grande estima. Por hora ficamos por aqui com o compromisso de fazer um segundo artigo bem mais amplo. Há lembrando que dia 02 de abril é o dia mundial de conscientização do autismo não esqueçam.

Márcio Santos – psicólogo Clínico: Agende sua consulta (81) 99507-2250

 

Sobre o envelhecer e a velhice

Sobre o envelhecer e a velhice

As várias etapas do envelhecimento saudável

          Falar sobre este tema e explicar sobre o envelhecer a princípio nós remete a algo fácil, porém é um tema tão vasto e complexo que requer a criação de vários textos independentes devido a pluralidade deste assunto, pois existe uma grande diversidade de aspectos psicológicos e emocionais que cerca o envelhecimento. Queremos aqui trazer informações uteis para as pessoas que estão chegando na velhice para às pessoas que já estão vivendo sua velhice e até pessoas que querem compreender um pouco mais sobre o assunto ou até  para tomar conta dos seus idosos com mais qualidade e propriedade  também é destinado aos  profissionais que almejam conhecimento em sua área de atuação como: cuidadores e pessoas que estão focados na gerontologia estudo dos fenômenos fisiológicos, psicológicos e sociais relacionados ao envelhecimento do ser humano).
Neste artigo não vamos nos apegar nas diferenças das nomenclaturas, (idoso, velhice e terceira idade) e posso dizer que existe diferença sim. Quando eu estava fazendo a graduação em psicologia achava que era quase  tudo iguais e gerava sempre uma confusão e foi na
Pós-graduação em gerontologia que pude ver a diferença sociocultural que emergem sobre o tema. Porém aqui vamos explorar a velhice de forma ampla com enfoque no bem-estar e as inúmeras possibilidades de um envelhecimento saudável. Sempre pautando no respeito e nas alterações sobre este ser que está envelhecendo e nunca esquecendo que o homem é um ser  biopsicossocial e está em constante mudança.

Como definir a velhice?

        A palavra idoso. Vem do latim “vetulus” que significa “remoto, antigo, idoso, antiquado, gasto pelo uso”. Já no Dicionário Escolar: língua portuguesa (2015), a palavra idosa quer dizer, que tem muitos anos, senil, velho. Para (OMS) Organização Mundial da Saúde define idoso como aquele indivíduo com 60 anos de idade ou mais. Não podemos deixar de de fazer às observações sobre às rotulações preconceituosas e vários estereótipos e preconceitos, depreciando o fenômeno de envelhecimento, estas rotulações tiveram diminuição significativa a partir da década de 80. 

É possível viver uma vida normal na velhice?

        É  importante entender  e bem verdade que a velhice traz consigo suas limitações e que uma grande parcela dos idosos tem alguma patologia ou algum adoecimento. Porém hoje em dia com o aumento da expectativa de vida está ocorrendo um fenômeno muito significativo, as pessoas estão envelhecendo e melhor que isto, envelhecendo saudavelmente, as políticas públicas já estão dando a devida importância ao idoso e trazendo a questão da qualidade de vida para este ser, possibilitando uma vida “normal” com um equilíbrio psíquico e físico pois está tudo interligado mente e corpo. Manter-se  ativo e feliz é a prioridade,  tendo consciência que  a pessoa que consegue chegar  na velhice é um privilegiado,  pois do ponto de vista psicológico e  físico houve a conquista de anos de experiências, preservando o seu sentido de vida.

Sobre envelhecimento psicológico.

       O envelhecimento psicológico apresenta mudanças significativas com relação aos comportamentos e a forma de vivenciar a relação consigo mesmo e com as pessoas, as limitações não vão  impedir que o idoso comece a criar adaptações e trabalhe com os ajustamentos criativos para permanecer independente e ativo. Exemplo você está tento lapsos de memória vai começar a fazer anotações das coisas mais importantes para seu dia a dia.

                        Estratégias para qualidade de Vida na velhice.

       Vamos lá. Temos que pensar em expectativas de vida e qualidade de vida, e vou logo adiantar é possível ter os dois. Porém nada é por acaso e na velhice temos que ter dedicação e investimento em você mesma. Isto fará total diferença. Então se você quer ter uma velhice saudável devote tempo em lazer e em várias atividades que irei citar. Antes de prosseguir quero deixar bem claro que não existe uma distinção de gênero aqui, isto serve para homens e mulheres. conformes estudos comprovam que a grande maioria da população idosa é constituída por mulheres porém os homens tem buscado  cada vez mais as alternativas para um envelhecimento com saúde física e mental. E desta forma dá para aproveitar mais e melhor seu tempo. Vamos lá para algumas estratégias.

  • Em vista na saúde mental. Seja uma pessoa de 65 anos com energia de 30 anos, esteja aberta para novos aprendizados. É possível? Claro que é possível hoje vejo tanto idoso com o dedinho no display do celular que me surpreendo, Certa vez estava de visita em minha casa quando meu sogro falou em um cantor que ele gostava da década de 70 e pegou o celular para mostra o cantor eu pensei vai me perguntar como faz! Para meu espanto e de minha esposa ele pegou o smart fone e disse “Ok google como é o nome de tal cantor e tal música! ” Eu achei fantástico essa aproximação do idoso com a tecnologia e isto é muito benéfico, lógico que tudo com moderação.
  • Em vista na sua saúde física. Terei que ser muito sincero caso você não goste de exercícios físicos, comece a gostar pois são eles que irão prevenir várias doenças. Não estou dizendo para você virar em um ultramaratonista, mas que comece a praticar caminhadas, corridas curtas ir para uma academia com um acompanhamento de um profissional, fazer uma hidroginástica, pedalar opções é o que não vai faltar então para de inventar desculpas e vamos começar.
  • Em vista na sua esfera social. Durante alguns trabalhos que realizei com abrigos de média e longa permanecia para idosos foi notório como é benéfico a sociabilização dos idosos. O ser humano é um ser social e este contato com troca de informações e experiências fazem toda a diferença dando a ele um sentimento de fazer parte de um grupo seja ele um grupo de amigos, um grupo da igreja, um grupo familiar, ou grupo de voluntários ou grupo terapêutico, até mesmo grupo que se reúnem para viajar, enfim é necessário que este idosos comece a participar destas convenções sociais.

 É normal o idoso ter problemas emocionais?

         Sim é normal, e mais comum do que se pode imaginar. Existem pessoas que carregam dores emocional por anos, aprisionadas a sentimentos negativos, medos e angustias por muito tempo. Coisas que ficaram em suas memórias machucando e remoendo durante anos ou décadas. É claro que você pode e deve significar estas emoções, dando a você mesma nova forma de enxergar o que passou, e tornando-se uma pessoa melhor para você mesma e para todos ao seu redor a Psicologia será de fundamental importância na elaboração deste novo olhar, traçando com você estratégias benéficas para um envelhecimento de qualidade sempre pautado no respeito e vendo você como um ser único procure um psicólogo de sua confiança e se permita este momento.

Bom pessoal como mencionei quando começamos a falar no envelhecimento surgem milhões de aspectos para abordar é imenso as questões relacionado ao envelhecer a intenção aqui é dar uma pincelada e deixar abertura para outros artigos trazendo informações e conhecimentos espero que tenha somado e estamos a disposição.

Márcio Santos – Psicólogo clínico

Agende sua consulta  (81) 99507-2250

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É possível envelhecer com saúde? Como a psicologia pode colaborar?

É possível envelhecer com saúde? Como a psicologia pode colaborar?

O que você está disposto a fazer para ter um bom envelhecimento?

        Envelhecer com saúde é a maior meta de grande parte das pessoas. Porém para que isto ocorra,  nada virá por acaso.  será a soma de vários fatores, que ao  longo deste artigo vamos levantar. De início vale salientar sobre o que constitui o ser humano. nós somos seres biopsicossocial e espiritual conforme as novas atualizações no campo da psicologia, então o envelhecimento obrigatoriamente tem que dar lugar e crédito para alguns pontos fundamentais por exemplo  sua saúde mental,  saúde física suas relações sociais e na sua espiritualidade. Quando eu falo investir nem sempre refiro-me a gastar muito dinheiro.  Pelo contrário é possível ganhar muita qualidade de vida na velhice investindo em coisas bastante simples.

Quais são os pontos primordiais que devemos ter atenção?

  • Autocontrole relacionado ao stress.
  • Cuidar sempre de sua saúde metal.
  • Alimentação Saudável.
  • Pratica de exercícios diariamente.
  • Estar em dia com seus exames de rotina.

A sua mente será um poderoso aliado ou inimigo na velhice.

    O envelhecimento trás consigo várias experiências tanto positiva como negativas, não podemos menosprezar a importância dos cuidados com suas emoções. Lembre-se que sua mente influencia em todo corpo. Já ouviu a expressão milenar que diz “Mente sã corpo são”? Estudos da Universidade de John Hopkins apontam para algum efeito conhecido da proteína na saúde mental, os pesquisadores afirmam que algumas possíveis relações bioquímicas entre as depressões e as doenças cardíacas, e quando temos um equilíbrio emocional relativamente bom temos uma influencia direta no corpo.

É lógico que teremos um declínio do nosso corpo em vários sentidos pois o fator tempo vai estabelecendo e ordenando o nosso ritmo, é importante saber respeitar seus limites.

Quais os passos para a qualidade de vida na Velhice?

           Vamos lá. Tive a satisfação em fazer vários trabalhos com grupos da terceira idade. E o que pude verificar na prática foi a importância dos laços sociais ou seja o ser humano é um ser de contato, é fundamental esta sociabilização o que quero dizer isto você idoso tem que procurar grupos seja terapêutico ou grupos sociais isto vai fazer maravilhas há você. Mas o que seria este grupo sociais? Temos vários vou citar alguns exemplos: Grupo de dança, grupos de bate papo, grupo da ginástica, grupos voluntários, grupos de caminhadas, grupos de viagens e vários outros é importante estar ativo pois isto estimula dando uma carga positiva em diversos sentidos que vai além do contato pessoal disparando vários hormônios da felicidade como:                                                                                                                                           Endorfina este hormônio tem um efeito incrível que é estimulado quando praticamos hobbies, ou seja, atividades que gostamos, quando sorrimos com pessoas que sentimos bem, quando cantamos e etc.… outro hormônio também estimulado é Oxitocina este é responsável quando somos abraçados quando nos sentimos amados quando fazemos uma pausa para meditar e refletir. Também temos a Serotonina que vai se fazer presente quando você começa a agradecer, quando você faz aquela caminhada, aquele passeio e este passeio vai te gerar lembranças que será fonte de alegrias. Vocês conseguem ver quanta coisa está a nossa disposição com simples mudanças?

          É necessário perceber que você é responsável mesmo na velhice por suas escolhas. É por isto que a psicologia entra na vida e no contexto da velhice como uma luva, trazendo alternativas e novos olhares. Ajudando nas questões emocionais que na maioria das vezes são muitas seja sentimento de culpa, arrependimentos, vontade de externar o que está no seu íntimo, é para isto que o psicólogo estará para te dar todo este suporte. Mostrando como é necessário você viver esta velhice de maneira verdadeira. Afinal vamos nos tornar velhos com nossas limitações, porém isto não nos impede de sermos felizes, se permita procure um profissional de psicologia invista na sua qualidade de vida.

Márcio Santos – Psicólogo clínico

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Você tem habito de ferir sua própria pele? ou conhece alguém que faz?

Você tem habito de ferir sua própria pele? ou conhece alguém que faz?

 Já ouviu falar na Dermatilomania?

       Imagina você criar um comportamento de coçar, espremer, arranhar dar aquela famosa cutucada aponto de provocar feridas! Na maioria das vezes este processo é praticamente automático, ou seja, o impulso é quase de forma inconsciente, porém também temos casos que o paciente tem consciência da ação. Então aquela espinha na pele aquela casquinha que ainda nem sarou será arrancada com certeza, esta compulsividade pode sinalizar um distúrbio.

 A dermatilomania (Skin Picking).

 Mais afinal o que é a Dermatilomania?

É um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) E conhecida como desordem de escoriações, é uma forma compulsiva de agressão com o comportamento repetitivo voltado ao seu próprio corpo. Situações de tensão pode ser um gatilho, outro fator que pode ser um ativador  é a ansiedade.

Como surge o Transtorno ?

        Algumas considerações importantes como surgimento tem que ser levado em consideração. Na maioria das vezes o distúrbio tem início na adolescência, mas não é uma regra. Vale salientar que o adolescente por natureza é ansioso onde se volta para as mudanças e imperfeições do seu corpo e ai temos as famigeradas acnes e cravos que tanto incomodam os adolescente de modo geral é quando inicia o ciclo de escoriações, muitas vezes como válvula de escape trazendo até certo ponto de prazer e gratificação.

 Quem sofre mais com esse Distúrbio Homens ou mulheres ?  

        Um dado interessante é que este transtorno compulsivo atinge na maioria das vezes uma parcela bem maior das mulheres, ou seja 75% são do sexo feminino. Quanto aos locais do corpo a ser escavacado podem ser alternado e ir mudando ao longo do tempo, é bem comum às tentativas de camuflagem do problema usando roupas ou maquiagens, de certa forma as consequências das investida na pele irá trazer um constrangimento envergonhando-o porquê na maioria das vezes começa ficar visível o local da lesão, desta forma muitos começam a ter problemas no seu convívio social buscando até o isolamento.

Quais as formas de tratamento?

A Dermatilomania é um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) que necessita de tratamento a psicoterapia é de fundamental importância para tratar as questões emocionais e comportamentais, muitas vezes também é necessário o uso tratamento medicamentoso através de ansiolíticos, observando de forma amplificada os conflitos contidos na vida deste ser.

“Autoaceitação” também é um fator muito significativo que será trabalhado na dermatilomania. O psicólogo também observará a questão do  surgimento da inseguranças com o corpo ou a aparência. Trazendo junto ao paciente a consciência, desta forma conseguindo   eliminar os pensamentos negativos, usando afirmações positivas em relação à sua aparência e competências. O psicólogo irá compreender melhor o que implica o transtorno na vida deste paciente e junto com o mesmo irá traçar estratégias de enfrentamento.

       Dentre outros transtornos atípicos com foco voltado nas autolesões no corpo também temos à (Unicofagia) direcionado as unhas, outro também conhecido é (Tricotilomania) canalizado para arrancar cabelos. Sobre estes dois transtornos falaremos em outros artigos. Se você está passando por este tipo de problema ou conhece alguém que necessita de ajuda não hesite procure um profissional de psicologia que poderá te ajudar muito.

Marcio Santos – Psicólogo clínico.

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“A DOR e o LUTO” Como superar.

“A DOR e o LUTO” Como superar.

                        “A DOR e o LUTO”

   Como sobreviver diante da perda em tempos de tragédias

 

Qual o significado do luto?

           Antes de dar início tenho que falar que este é um tema tão delicado e amplo que nos convida inevitavelmente a acompanhar a dor de pacientes e foi para atender aos inúmeros pedidos que resolvi escrever de forma simplificada sobre este tema. “O luto é um processo de violenta dor, com uma dimensão incomparável. Não existe na existência do ser humano nenhum momento que seja pior e mais doloroso do que o luto.”

Como os dicionários definem o luto

De acordo com o dicionário Oxford, o termo luto significa “a expressão de tristeza, ou pesar, pela morte de alguém”. A palavra em português tem origem no termo em latim “luctu“, que também era usada para representar a dor e tristeza pela perda de algo ou alguém.

          Sendo assim, o luto está relacionado aos sentimentos de extrema tristeza, angústia e saudades provocadas pela perda de alguma coisa ou alguém importante.  Vale salientar que, não necessariamente o luto está ligado a morte. Existem outros lutos exemplo: O fim de um casamento, a perda de um emprego, separação de uma pessoa querida, ou seja, são lutos que vivenciamos ao logo de nossas vidas. Neste artigo iremos explorar o luto da morte.

O Luto é universal?

         Sim. Porém é vivido de formas diferentes, isso vai de acordo com as questões culturais de cada povo. Os rituais são muito diversificados. Também estão entrelaçados com as questões religiosas. Por isto, o luto vivenciado no Brasil, é bem diferente de outros países. Por exemplo, existem culturas que o luto é um rito de passagem comemorado por dias ou até semanas, no ocidente grande parte dos países adotam a cor preta para representar este período de luto. No entanto, países asiáticos com: China, Japão e Coreia, o luto é representado pela cor branca e como falei a questão ritualista é bem variada. Cada um com sua forma peculiar de despedida de seus mortos.

É possível fugir do luto?

         Não. Nós não podemos negar a morte, mas quando ela aparece ela é avassaladora. Ela é a cisão, a ruptura das estruturas de vínculos. A morte é enfrentar o irrevogável e o definitivo ato da final da existência deste ser neste plano.

Sobre luto e suas fases  por Elisabeth Kübler-Ross:

      Tomarei como base está maravilhosa escritora que fala sobre o luto. E não mencionar Kübler-Ross seria muito superficial de minha parte. Porque vejo na prática, seja na clínica ou em outros ambientes, as fases de Ross se fazendo presente nos momentos de luto. Serei bem resumido, caso tenham interesse existem livros que indico sobre este tema, como por exemplo : “Sobre a morte e o morrer”. Este é obrigatório. Bom, vamos voltar as fases ou os estágios do luto, que são cinco:

  • Negação
  • Raiva
  • Barganha
  • Depressão
  • Aceitação

Negação

       Está marcada como o primeiro estágio. Geralmente é quando recebemos a triste notícia. Esta fase aparece logo após a notícia sobre a morte. É como uma defesa natural da nossa mente diante de um impacto emocional tão grande. A negação é também uma forma de lidar com a situação.

Raiva

         Nesta fase a pessoa enlutada deixa de negar os acontecimentos, porém não admite. É bastante comum que nesta fase pessoas experimentem uma raiva blasfemática diante da perda. Esta fase seria repleta de ressentimentos, quase como de uma criança que sente raiva por ter sido deixada de lado.

Barganha

      Esta fase seguinte é constituída pela barganha. Questões de fé são muito frequentes nesta período. Há uma espécie de negociação com a fé. É bem comum em pacientes que já estão em seus últimos momentos aqui. É comum ter um forte apelo religioso, de que se pedir com fé, a perda será desfeita. Para isso, são feitas inúmeras promessas ao ser supremo de sua fé. Essa fase tende a ser um pouco desconhecida e ignorada, mas é frequentemente vista em pessoas em luto ou pacientes de doenças terminais.

Depressão

       A fase por seu próprio nome já é bem sugestiva. Diante da verdade, a pessoa tem uma queda emocional imensa  seguida de uma tristeza aguda e muitas vezes inicia-se um processo de isolamento, acompanhado de vários pensamentos negativos. Devido a este sentimento de tristeza, é bem comum o enlutado deixar de lembrar dos momentos felizes e mergulhar em uma saudade que vai machucando ao longo deste processo.

Aceitação

      Este é último estágio do doloroso percurso do luto. Nessa fase o enlutado começa a se reorganizar e admitir a realidade dos fatos. É ele quando começa a dar novos sentidos para sua dor. Vale salientar que, ele pode travar em uma das fases ou até mesmo ter um efeito bumerangue, voltando para fases anteriores.

Obs: No momento que este luto não é bem vivenciado ele pode vir a ter complicações, migrando para o que os especialistas chamam de luto “complicado” ou luto “mal elaborado”. Dessa forma, aumentam-se as possibilidades de adoecimento, ou seja, um luto patológico, trazendo outras complicações a pessoa.

O Luto é uma doença?

         Apesar de estarmos falando diretamente de uma enorme dor psicológica vale salientar que, o luto não é classificado como um transtorno mental ou doença.  Isto não quer dizer que, dispense cuidados por um profissional, muito pelo contrário é um momento que vai depender muito da resposta desta pessoa a tudo aquilo que ela está vivenciando e a forma de como ela está conseguindo superar este momento delicado.

           Muitas vezes uma psicoterapia pode ser um aliado incrível para esta pessoa. Tudo vai depender de seu comportamento e se ela está dando sinais de isolamento ou se o luto já está começando a interferir na sua vida pessoal. Alguns indicativos dá sinais que esta pessoa pode estar necessitando de ajuda. Sua rede de apoio deve ficar atenta. Vamos aos sinais:

  • Isolamento;
  • Insônia;
  • Irritabilidade / agressividade;
  • Medo de ficar sozinha;
  • Depressão.

 Estes são apenas alguns sinais. Por isto, é importante que familiares e amigos fiquem atentos. Caso notem alguns dos sinais acima, levem de imediato para um acompanhamento psicológico. Isso fará total diferença neste momento.

Como posso sair do Luto? E qual a duração do luto?

          É importante respeitar o tempo de cada um, está pessoa irá necessitar assimilar sua perda, chorar o que tiver de chorar! Chorar “SIM” e, por favor, não venham com essas palavras tipo: “Não chore!”, “Vai dar tudo certo!”. O enlutado tem todo direito de chorar, se você não pode chorar com ela, silencie e acolha. Aos poucos ela vai buscar seus recursos internos para deixar o sofrimento intenso. Como falei, cada um vai responder no seu tempo de luto. É importante um acompanhamento para que ela mesma comece uma elaboração, uma reestruturação emocional. Um acompanhamento por um profissional da psicologia ajudará bastante dando um novo sentido há várias questões.

       Não existe um tempo determinado de duração para o luto. A dor é uma coisa muito pessoal. Cada pessoa irá vivenciar de sua forma, na sua intensidade.Pode algumas semanas ou até alguns meses. Realmente vai depender de uma pessoa para outra.

Como amenizar tanta dor?

        Não existe uma receita de bolo pronta para um momento tão difícil como este. Porém, não comece dando uma dose extra de sofrimento se calando, uma coisa é o luto com a dor da perda e outra coisa é a perda com o ficar calado. Chore se quiser, fale sobre o assunto se você estiver afim, falar sobre irá ajudar. Você precisará de tempo, compreensão e muita empatia para elaborar um processo de perda e não é fácil de forma alguma. Permita que o enlutado conte várias vezes as mesmas histórias caso ela queira, porque ela precisa colocar para fora, assimilando o que aconteceu. Até que ela consiga transformar está dor em saudade.

Este é um assunto tão amplo e dinâmico, com tantas questões envolvidas que daria facilmente um artigo extenso. Porém, nosso intuito foi simplificar atendendo aos pedidos acerca deste tema, espero que possa ter ajudado de alguma forma e lembre-se: Respeito incondicional pela dor do próximo é fundamental! Como falei, a “Psicologia” poderá dar suporte importantíssimo para que esta pessoa consiga se ressignificar mais rápido e com maior segurança.

Márcio Santos – Psicólogo Clínico

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